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rede produtores

O projeto da Rede de Produtores Locais do Algarve, que visa a formalização de circuitos de comercialização baseados em cadeias curtas, aproximando os produtores agroalimentares dos consumidores, garantindo os requisitos de qualidade e segurança alimentar e o apoio técnico aos produtores, continua a avançar.

Decorreu ontem mais um encontro desta Rede, constituída, nesta fase, pela DRAP Algarve, DGADR, DGAV, AMAL, UALG, os  Municípios de Lagos, Loulé e Tavira  e as 3 ADL do Algarve (Vicentina, In Loco e Terras do Baixo Guadiana) onde se discutiram os projetos e as linhas de ação que irão ser lançadas para a Região Algarvia, no período entre 2022-2025.

 “Sistemas Alimentares Sustentáveis”, é um dos projetos sob coordenação da AMAL, que se encontra já em execução e que decorrerá até final de 2022. Um projeto especialmente dirigido às zonas de baixa densidade, que visa a implementação de um sistema de compras públicas agregadas da produção local para abastecimento de instituições locais e regionais, como por exemplo escolas e Instituições Particulares de Solidariedade Social, entre outras.  Baseia-se em circuitos curtos de comercialização, assentes em modos de produção e consumo ambientalmente sustentáveis que promovam a biodiversidade, os conhecimentos tradicionais e as dietas saudáveis, com grande foco na dieta mediterrânica.

Como principais ações deste projeto destacam-se a realização de diagnostico para a reorganização de mercados locais (cadeias curtas de comercialização), avaliar o mercado institucional do alimento (regional/municipal), testar ações-piloto (abastecimento de cantinas públicas) e desenvolver uma estratégia global de compras públicas de alimentos para a região.

Foi também discutida, a preparação de uma candidatura a implementar no período compreendido entre 2022 e 2025, no âmbito do PRR/Terra Futura (Ministério da Agricultura), focada em dar sustentabilidade à pequena produção local, com destaque nos modos de produção sustentável, valorizar a proximidade, com menos pegada ecológica, numa vertente da coesão social, territorial e ambiental, contribuindo assim para melhorar a dieta alimentar da população com base na dieta mediterrânica.

Esta candidatura prevê um conjunto de atividades, tais como Identificar produtores/ produções locais; aumentar o número de agricultores e área de produção em Modos de Produção Sustentável na RPL; criar serviços de apoio à inovação e desenvolvimento de produtos; apoiar a organização e assistência técnica a produtores locais e a realização de ações de capacitação / visitas a unidades demonstrativas; criar um sistema de abastecimento à restauração coletiva (cantinas escolares, IPSS, etc); criar um modelo de organização e funcionamento de Mercados de Produtores Locais; organizar ações de sensibilização com o objetivo de aumentar o nível de adesão à Dieta Mediterrânica, entre outras.

Prevê-se que nos próximos encontros sejam apresentadas e discutidas as diferentes componentes da candidatura e do plano de ação da Rede de Produtores Locais do Algarve.