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No dia 30 de novembro foram publicamente apresentados os projetos Agro + Eficiente, aprovados no âmbito do PRR/Agenda de Investigação e Inovação para a Sustentabilidade da Agricultura, Alimentação e Agro – Indústria (Projetos I&D+I – Adaptação às Alterações climáticas).

 

Num cenário em que as alterações climáticas se tornam cada vez mais evidentes (nomeadamente no Algarve) e é necessário tomar medidas para nos adaptarmos aos seus efeitos, o uso racional da água nas culturas, nomeadamente através do estudo de práticas culturais vocacionadas para maximizar a capacidade produtiva com diminuição das dotações de rega, juntamente com a utilização de recursos genéticos de variedades tradicionais (principalmente de fruteiras), pouco exigentes em rega, ganham renovado interesse e centralidade.

No sentido de estudar estas questões, a DRAP Algarve apresentou uma candidatura, que envolve várias outras entidades públicas e privadas, enquadrada na temática da valorização de recursos genéticos tradicionais, novas culturas e gestão de água de rega em contexto de alterações climáticas, ao PRR/Agenda de Investigação e Inovação para a Sustentabilidade da Agricultura, Alimentação e Agro – indústria, cuja apresentação Pública se realizou na passada quarta-feira nas instalações da sede da DRAP Algarve, em Faro.

Os projetos Agro + Eficiente constituem estudos de referência para o Algarve, que incluem as principais espécies e modos de produção agrícola da Região, numa perspetiva integradora da racionalização do consumo de água, preservação dos ecossistemas, incremento da fertilidade do solo e utilização de recursos genéticos endógenos. Os ensaios incluem culturas emblemáticas do Algarve, como os citrinos, novas culturas, como o abacateiro e a pitaia e as fruteiras tradicionais (alfarrobeira, amendoeira, figueira e oliveira), associadas ao sistema de cultivo ancestral da região, o pomar tradicional.  

Consubstanciados em atividades como a gestão da água em contexto de alterações climáticas, estudo e valorização de sistemas de cultivo de fruteiras tradicionais, valorização de recursos genéticos vegetais, estudo com espécies adaptadas às alterações climáticas e ações de promoção e divulgação de boas práticas agrícolas que poderão contribuir para estabelecer as bases da renovação da agricultura algarvia, no novo paradigma resultante das alterações climáticas.

Pedro Valadas Monteiro, Diretor Regional da DRAP Algarve, procedeu à abertura da sessão, seguido dos vários oradores intervenientes e participantes do projeto, Pedro Correia, Alcinda Neves e Amílcar Duarte da Universidade do Algarve e António Marreiros e Luis Cabrita da DRAP Algarve, tendo Mário Dias, Diretor Adjunto da DRAP Algarve, encerrado o evento.

A sessão contou ainda com a participação de Luis Dias, como orador convidado, da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, líder do consórcio responsável pela elaboração do Plano Intermunicipal de Adaptação às Alterações Climáticas no Algarve (PIAAC - AMAL).

Tendo em conta as áreas setoriais definidas na Estratégia Nacional de Adaptação às Alterações Climáticas (ENAAC), o PIAAC-AMAL identifica vulnerabilidades atuais e futuras para um conjunto de descritores, incluindo as florestas, as zonas costeiras, a segurança de pessoas e bens e a saúde humana. O plano define ainda possíveis medidas de adaptação, tendo em conta as especificidades ambientais e sociais do território do Algarve, bem como orientações para os Instrumentos de Gestão Territorial (IGT) à escala regional, intermunicipal e municipal. Luis Dias, na sua comunicação, sob o mote “As dependências entre a agricultura e a água no Algarve”, abordou a apresentação de medidas convencionais e soluções baseadas na natureza para adaptar a região aos desafios das alterações climáticas.