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No âmbito da problemática do controlo da mosca do Mediterrâneo (Ceratitis capitata) no Algarve, a DGAV juntamente com a DRAP Algarve promoveram no ano transato, uma reunião alargada à participação das diversas entidades ligadas ao setor citrícola, da qual resultou o Plano de Estratégia Regional Integrada para o Controlo de Ceratitis Capitata.

Ceratitis capitata, conhecida por mosca da fruta ou mosca do Mediterrâneo, é uma praga muito polífaga causando muitos estragos em diversas culturas, em particular nas fruteiras. É uma praga considerada de quarentena para muitos países terceiros, os quais exigem total ausência de mosca nas remessas de fruta a expedir de Portugal.

Para assegurar essa ausência, além de tratamentos térmicos obrigatórios pós colheita a que os frutos devem ser submetidos, os produtores estão também obrigados a implementar apertadas medidas de controlo nos pomares para assegurar níveis muito reduzidos de mosca no campo, sob pena de a fruta aí produzida ser rejeitada para exportação.

A retirada de produtos fitofarmacêuticos do mercado, com maior persistência de ação, veio criar dificuldades adicionais ao controlo desta praga.

Resulta assim, que as ações de controlo efetuadas individualmente pelos produtores são na maioria das vezes insuficientes, conduzindo a importantes perdas económicas, fator limitativo do crescimento das exportações nacionais.

É, portanto, fundamental esta estratégia regional coordenada para o combate a esta praga, agregando esforços das autoridades fitossanitárias em estreita articulação e cooperação com os produtores.

O Algarve, para além de ser a principal região de produção de citrinos do país, com cerca de 17 mil hectares, constitui uma zona particularmente sensível para a propagação da mosca da fruta devido às condições climáticas da região, entre outros fatores que agravam a situação, como a grande diversidade de variedades de fruteiras, com colheita em períodos diferentes na mesma parcela; a grande diversidade de plantas hospedeiras, que levam à permanência da mosca de fruta ao longo de todo o ano; a existência de pomares abandonados, onde a mosca se reproduz livremente sem qualquer controlo, etc.

A dificuldade de controlar a praga conduz a um aumento de custos de produção, que contribui negativamente para a sustentabilidade da fruticultura algarvia, sendo também limitante ao crescimento das exportações.

 

É determinante para a sustentabilidade e crescimento da fruticultura algarvia, a implementação deste plano regional coordenado para o controlo da mosca da fruta, em estreita articulação entre os parceiros.

Por forma a operacionalizar as ações a implementar, conforme os objetivos estratégicos definidos no plano, realizou-se no passado dia 18 de setembro, uma reunião com a participação de representantes da Direção Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV), Direção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve (DRAP Algarve), Universidade do Algarve (UALG) e AlgarOrange.

Objetivos esses que defendem 4 pontos cruciais:

- Elaboração de protocolos fitossanitários de combate à mosca;

- Formação dos produtores;

- Aposta na investigação e desenvolvimento experimental de técnicas de controlo e de conservação da fruta;

- Acréscimo de competências e de estruturas que apoiem e facilitem a exportação.

No imediato as ações a implementar compreendem a elaboração urgente de um cadastro citrícola, que permita definir e caracterizar as áreas de cultura prioritárias, e estabelecer as medidas de controlo a aplicar, bem como sensibilizar os proprietários de pomares abandonados, acionando, se necessário, medidas sancionatórias. É igualmente prioritário a identificação e integração do financiamento das várias estratégias de luta no Programa de Desenvolvimento Rural ou outras possíveis fontes de financiamento.

Outro dos objetivos estratégicos do plano consiste na promoção do crescimento das exportações dos citrinos do Algarve, incluindo o aumento da capacidade de armazenamento e tratamento de frio, sendo para isso necessário efetuar o levantamento da capacidade de frio instalada na região e o levantamento dos mercados atuais com interesse estratégico para a exportação dos Citrinos no Algarve.

Estas são ações planeadas numa calendarização faseada, que se projeta até finais de 2022, com o envolvimento das diversas entidades nas atividades a desenvolver em cada um dos Objetivos Estratégicos, DGAV, DRAP Algarve, Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas (IFAP), OP, Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV), UALG, Gabinete de Planeamento, Políticas e Administração Geral (GPP), Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve (CCDR Algarve) e PORTUGALFRESH.

teresa coelho sec estado pescas

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, conferiu posse aos novos membros do Governo numa cerimónia que teve lugar no Palácio de Belém, em Lisboa, no passado dia 17 de setembro, e que contou com a presença do Primeiro-Ministro António Costa, do Ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, da Ministra da Saúde, Marta Temido, do Ministro da Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, e do Ministro do Mar, Ricardo Serrão Santos.

Teresa Coelho tomou posse como Secretária de Estado das Pescas, sucedendo a José Apolinário.

A nova Secretária de Estado das Pescas, Dr.ª Teresa Coelho, é Licenciada em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra (1988-93), tem uma pós-graduação em Relações Internacionais, no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas, da Universidade Técnica de Lisboa e em Contractos Públicos no Instituto de Ciências Jurídicas e Políticas da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa e possui um percurso reconhecido no domínio das Pescas e Aquicultura.

Desenvolveu atividades em diversos locais tendo sido Diretora do Gabinete de Auditoria Interna da Docapesca - Portos e Lotas, SA (2012 a 2015), e presidente do Conselho de Administração da Docapesca - Portos e Lotas, SA (2016-2020).

Representou Portugal no Conselho de Administração da Agência Europeia de Controle das Pescas (2010-2012), e é co-autora de diversas publicações no domínio das pescas, dos quais se destaca o livro "Legislação das Pescas, Principais Diplomas Reguladores da Atividade" (Edições Fim de Século).

Assista à Tomada de Posse dos novos Secretários de Estado:

https://www.portugal.gov.pt/pt/gc22/comunicacao/noticia?i=novos-membros-do-governo-tomam-posse

 

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Recrutamento em Mobilidade Interna de 1  Assistente Técnico para Direção de Serviços de Desenvolvimento Agroalimentar e Rural - Delegação de Tavira.

 

Consultar Aviso

 

 

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A Direção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve (DRAP Algarve) deu início ao desenvolvimento do projeto integrado para reabilitação e sustentabilidade futura do Centro de Experimentação Agrária de Tavira (CEAT), polo da Rede de Inovação recentemente anunciada pelo Ministério da Agricultura, no âmbito da iniciativa "Alimentação Sustentável" da Agenda para a Inovação na Agricultura 20|30.

Assumindo a DRAP Algarve como prioritária esta iniciativa, também entendeu que será imprescindível a constituição de uma parceria com diversas entidades, por forma a ultimar esforços e maximizar sinergias, no sentido de criar uma estrutura de proximidade e promover dinâmicas locais e regionais, com foco na Dieta Mediterrânica.

Reconhecendo a importância do CEAT enquanto espaço agroambiental único, localizado em pleno coração da cidade de Tavira, eleita comunidade representativa da candidatura portuguesa da Dieta Mediterrânica a Património Cultural Imaterial da Humanidade, e conscientes da relevância do projeto em causa, a Câmara Municipal de Tavira, a CCDR Algarve, a Universidade do Algarve, a Ciência Viva, a Direção Regional de Cultura do Algarve, a RTA e a associação IN Loco, aceitaram o repto para constituição do comité de pilotagem desta parceria.

Para além da continuidade da manutenção e ampliação das coleções existentes no CEAT, como a coleção ampelográfica de castas de uva de mesa e de vinho (brancas e tintas), a coleção de alfarrobeiras, figueiras e a coleção de pêros de Monchique (entre outras), algumas destas, únicas no País; perspetiva-se:

- A criação da Quinta da Dieta Mediterrânica, integrada na nova geração de projetos (“quintas”) da Ciência Viva;

- A instalação do Centro de Competências / Interpretação da Dieta Mediterrânica;

- A possibilidade de retomar o processo de criação de um Museu do Mundo Rural do Algarve, num edifício já cedido ao Município de Tavira para esse fim;

- A instalação de uma horta urbana numa parcela de terreno, protocolada para esse efeito com a Câmara Municipal de Tavira;

- Abertura e disponibilidade para a realização de projetos de experimentação / investigação em parceria com outras entidades, nomeadamente a Universidade do Algarve.

É imperativo a existência de investimento financeiro que permita modernizar e reabilitar todo o espaço, incluindo edifícios, infraestruturas de apoio agrícola e equipamentos, bem como o rejuvenescimento e aumento de recursos humanos qualificados, sendo estes os maiores constrangimentos à implementação deste ambicioso projeto no CEAT.

Convicta de que estas iniciativas serão estruturantes não só para Tavira, mas para toda a região e para o País, a DRAP Algarve aposta assim numa ampla estratégia de salvaguarda material da Dieta Mediterrânica.