A DGAV e a DRAP Algarve, em conjunto com os citricultores algarvios preparam um plano estratégico regional para o controlo integrado da mosca da fruta. Este plano visa desenvolver um conjunto de ações e formas de luta a implementar de forma a apoiar um mais eficiente e sustentável controlo desta praga.
Para este plano é fundamental conhecer melhor a citricultura algarvia, nomeadamente as variedades plantadas e a idade dos pomares. Também é importante recolher-se informação relativa a outras culturas hospedeiras da Ceratitis capitata.
A informação recolhida é fundamental para apoio à elaboração de mapas de risco de suporte à tomada de decisão sobre as medidas fitossanitárias a aplicar e quando. Contamos assim com o apoio dos citricultores e produtores de outras culturas hospedeiras para este levantamento, com a resposta a este questionário.
Pedro Valadas Monteiro, diretor regional de Agricultura e Pescas do Algarve, considera mesmo que, nos dias que correm, a agricultura «é reconhecida como um setor sexy para trabalhar e para investir», muito graças ao uso de «tecnologia de ponta».
Este conhecimento é aplicado, por exemplo, ao nível da rega, mas também da fertilização, na colheita e na pós colheita, seja em culturas como os citrinos ou o abacate, seja nas estufas.
«No caso dos frutos vermelhos, o controlo é feito ao pé da plantinha. Aquela planta está a ser monitorizada em permanência 24 sobre 24 horas. Num abacateiro, é tudo controlado: a quantidade de água que é aplicada, a que horas é aplicada, é descontada a precipitação que cai, é descontado o teor de humidade que já existe no solo, é feito o cálculo em função do vento», descreveu Valadas Monteiro em entrevista ao Sul Informação, salientando que «quem fala em abacate, fala em citrinos».
«Tudo isto é controlado automaticamente por computadores. Nas linhas, nós temos sistema gota-a-gota, em que os aplicadores de água, à medida que a planta vai crescendo, vão sendo destapados, consoante as necessidades. É colocada a tela por causa das infestantes, para reduzir a aplicação de herbicidas, as folhas são analisadas para ver o teor de nutrientes que existe naquela folha e a adubação é calculada em função naquilo que já existe ou no solo ou na água ou na folha, e só se aplica aquilo que efetivamente faz falta, e depois tudo o resto», acrescentou.
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