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Decorreu no passado dia 9 de dezembro, na sede da Direção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve um encontro da parceria “Rede de Produtores Locais do Algarve”, projeto a implementar na região algarvia, com o objetivo de promover os Circuitos Curtos Agroalimentares, baseados em regimes de produção sustentáveis e de aumentar os níveis de adesão à Dieta Mediterrânica.
Foram apresentadas e discutidas diversas áreas de intervenção do projeto, com destaque para a definição das condições de acesso à Rede, inventariação de produtores e produções locais, Sistema de Assistência Técnica, organização da produção, Mercados de Produtores Locais, Fornecimento de cantinas, Marca e Regulamento da RPLA e sistema de governança.
A parceria é constituída por entidades públicas, DRAP Algarve, DGADR, DGAV - Direção-Geral de Alimentação e Veterinária, Universidade do Algarve UAlg, AMAL e entidades privadas: Vicentina - Associação para o Desenvolvimento do Sudoeste, Associação In Loco e Terras do Baixo Guadiana (Associações de Desenvolvimento Local da região), a que se juntaram, pela primeira vez, agricultores e organizações do setor agroalimentar: Melgarbe, Cooperativa Terras de Sal C.R.L, Guadimonte - Cooperativa Agrícola Supramunicipal do Baixo Guadiana CRL, Associação de Agricultores Biológicos do Sotavento do Algarve, que apresentaram os seus projetos e áreas de desenvolvimento.
Com início previsto para o próximo ano, a próxima fase do projeto consiste na preparação de candidaturas aos programas de apoio ao setor PRR / Componente 5 – Capitalização e Inovação Empresarial, com o objetivo de criar as condições para a implementação desta RPLA.

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Decorreu no dia 6 de dezembro, no auditório da Direção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve (DRAP Algarve), o Seminário “Trioza erytreae”, com o objetivo de divulgar informação sobre a evolução da situação, estratégia nacional e luta biológica relacionada com esta importante praga que afeta a cultura dos citrinos.

Este Seminário, organizado conjuntamente pela DRAP Algarve e pela Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV), contemplou no programa a participação de diversos oradores nacionais, Paula Cruz Garcia da DGAV, José Carlos Franco do  Instituto Superior de Agronomia, José Alberto Pereira do Instituto Politécnico de Bragança, Ana Aguiar da Faculdade de Ciência do Porto e Amílcar Duarte da Universidade do Algarve, Para além destes contou ainda com a participação de José Maria Cobos da Dirección General de Sanidad de la Producción Agraria, Ministerio de Agricultura, Pesca y Alimentación de Espanha.

No conjunto, quer de forma presencial, quer em assistência por vídeo conferência o evento contou com mais de uma centena de participantes de todo o país.

 A sessão foi iniciada pelos Diretores da DRAP Algarve e da DGAV, respetivamente Pedro Valadas Monteiro e Susana Pombo, que relevaram a importância da partilha de informação e do trabalho em rede como forma de melhorar a capacidade de atuação e de prevenção perante as ameaças fitossanitárias, cuja severidade e impacto é potenciado pela crescente mobilidade de pessoas e mercadorias, bem como pelas alterações climáticas.

Como principais conclusões obtidas no encontro, destacam-se os seguintes pontos:

- A praga Trioza erytreae vulgarmente conhecida por Psila Africana dos citrinos foi assinalada pela primeira vez na Península Ibérica, na Galiza em 2014. Paulatinamente expandiu-se para sul, por toda a zona costeira de Portugal continental, tendo sido assinalada em setembro de 2021 na região do Algarve, nos concelhos de Aljezur e Vila do Bispo. A norte encontra-se já assinalada nas regiões autónomas espanholas da costa norte da Península até muito próximo de França.

- É considerada uma praga de quarentena no território da União Europeia, obrigando à aplicação de medidas fitossanitárias necessárias para a sua erradicação e evitar a sua dispersão.

- Tem como principais hospedeiros, espécies vegetais da família das Rutáceas, onde se incluem os citrinos e algumas espécies ornamentais de fraca implantação na região do algarve. É uma praga relativamente fácil de identificar pelos sintomas característicos “galhas” que provoca na rebentação da cultura dos citrinos. É na cultura dos limoeiros que encontra condições mais favoráveis para se instalar, pelo facto desta espécie apresentar diversas rebentações anuais.

- Esta praga por si só não é considerada problemática, uma vez que é de luta relativamente fácil, conjugando-se facilmente no combate a outros inimigos da cultura dos citrinos, como é o caso dos afídeos e da mineira dos citrinos.

- O maior problema consiste no facto da Trioza erytreae poder transmitir a doença denominada Huanglongbing (HLB ou Citrus greening) causada pela bactéria Candidatus Liberibacter, considerada a doença mais grave dos citrinos a nível mundial, podendo comprometer seriamente a produção citrícola da Europa. Embora nunca tenha sido detetado nenhum caso desta doença na UE, existindo o inseto vetor, a probabilidade de dispersão é mais elevada.

- Para o seu combate tem vindo a ser aplicado, desde 2019, em articulação com os Serviços Agrícolas Espanhóis, um plano de luta biológico que consiste na realização de largadas sistemáticas de insetos parasitoides da espécie Tamarixia dryi. Este auxiliar apresenta uma elevada especificidade para esta praga e tem-se revelado extremamente eficaz no seu controlo, revelando taxas de parasitismo muito elevadas.

- No Algarve logo após a deteção da praga (Trioza erytreae), em setembro de 2021, foi de imediato articulado com a autoridade fitossanitária nacional, a DGAV, possibilitando que se tivessem realizado diversas largadas do referido parasitoide em plantas de citrinos nos concelhos afetados por esta praga. A comunidade científica é unanime em considerar que este parasitoide é uma mais valia no combate a esta praga.

 Conclui.se ainda a importância de manter e reforçar a colaboração entre os principais agentes do setor, de modo a congregar esforços para a obtenção de êxito na aplicação das medidas fitossanitárias necessárias para a erradicação e evitar a dispersão desta praga.

Serão disponibilizados  ao publico em geral, no site da DRAP Algarve e da DGAV as apresentações de todos os oradores, bem como a gravação do evento no canal YouTube da DRAP Algarve: https://www.youtube.com/channel/UC2urzeK7nj_6asxOFy_ll0w

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GOVERNO ANUNCIA dois AVISOS para PROJETOS DE INVESTIGAÇÃO, DESENVOLVIMENTO E INOVAÇÃO NA AGRICULTURA

O Ministério da Agricultura anuncia a abertura de dois concursos para o financiamento de projetos de Investigação, Desenvolvimento e Inovação, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

Com uma dotação de 4M€ cada um, os Avisos agora anunciados dão resposta às Iniciativas Emblemáticas “Territórios Vulneráveis” e “Agricultura 4.0, da Agenda de Inovação para a Agricultura 20 | 30 «Terra Futura», sendo que cada candidatura pode beneficiar, no máximo, de 1M€.

O primeiro Aviso pretende promover o desenvolvimento sustentável, uma gestão eficiente dos recursos naturais – como a água, os solos e a biodiversidade – e a valorização dos recursos endógenos dos territórios nacionais. Ou seja, pretende apoiar atividades de I&D e inovação que desenvolvam e promovam práticas mais ecológicas, modos de produção mais sustentáveis, valorizem os serviços dos ecossistemas, as raças autóctones e as variedades tradicionais, contemplando todos os tipos de agricultura.

Já o segundo Aviso ambiciona encontrar respostas que promovam a digitalização e a aplicação das tecnologias digitais para melhorar a produtividade agrícola e agroalimentar, colocando o conhecimento como fator de competitividade e de igualdade. Para chegar a esta meta a proposta passa por agregar o conhecimento científico a equipamentos avançados, à Internet of Things (IoT) e à ciência de dados, de modo a desenvolver soluções que possam ser aplicadas a diferentes sistemas agrícolas, que tenham um grande potencial de exploração, comercialização e internacionalização.

“Queremos, com inovação, conhecimento e tecnologia, convocar a sociedade a responder aos desafios que se colocam ao setor agrícola, e daí a importância de implementar a Agenda “Terra Futura”. Temos de garantir uma produção cada vez mais sustentável a todos os níveis – ambiental, económico e social – e estes dois Avisos incidem, precisamente, na colocação de mais inteligência nas cadeias de valor, através da Agricultura 4.0, e na resposta aos desafios da transição ecológica e climática, através da aposta em territórios mais sustentáveis”, realçou a Ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes.

A apresentação das candidaturas pode ser feita a partir de hoje, no site https://www.ifap.pt/web/guest/prr-candidaturas, até ao dia 28 de fevereiro de 2022, às 17h00.

A Agenda de Inovação está contemplada no Plano de Recuperação e Resiliência e, para a sua implementação, estão destinados 93M€ divididos em três partes: 45M€ para a dinamização de projetos de investigação e inovação; 12M€ para o financiamento de projetos estruturantes para a transformação digital; e 36M€ para a modernização de 24 polos da Rede de Inovação.

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Numa sessão que reuniu mais de 20 entidades, foi celebrado o contrato de parceria para o Polo de Inovação de Tavira, na presença da Sra. Ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes.

Num conjunto de 24 polos dispersos pelo país, o Centro de Experimentação Agrário de Tavira (CEAT) gerido pela DRAP Algarve será a âncora da área de especialização dedicada à Alimentação Sustentável, com o foco na Dieta Mediterrânica. Este projeto faz parte da estratégia do Ministério da Agricultura, apresentada na Agenda de Inovação “Terra Futura”, e financiado pelo Programa de Recuperação e Resiliência (PRR).

É um projeto ambicioso que junta até ao momento 23 parceiros com responsabilidade na dinamização, implementação e execução de atividades de investigação, inovação, formação, entre outras, com o objetivo comum de fazer deste projeto um Centro de referência Nacional da Dieta Mediterrânica.

Atualmente o Centro de Experimentação Agrária de Tavira (CEAT) reúne, numa propriedade com cerca de 30 hectares localizada em pleno núcleo urbano da cidade de Tavira, um vasto acervo de coleções de fruteiras tradicionais mediterrânicas, algumas únicas no País.

Una verdadeira “Arca de Noé” da biodiversidade agrícola a que se deve um reconhecimento especial a todos os agricultores que, generosamente cederam material vegetal e viram na DRAP Algarve o guardião dessas raridades.

«Queremos que este Polo se torne um local privilegiado, não só para Tavira, não só para a Direção Regional de Agriculturas e Pescas do Algarve, não só para o Ministério da Agricultura, mas também para o país», realçou Pedro Valadas Monteiro durante a apresentação do projeto.

No âmbito de uma das parcerias constituídas, foi também nesta quarta-feira, homologado, pela Ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, o protocolo celebrado entre o Município de Tavira e a Direção Regional de Agricultura e Pescas (DRAP) do Algarve, para a implementação de uma “Horta Urbana”, numa cerimónia que decorreu no Salão Nobre dos Paços do Concelho.

Para a concretização deste protocolo, foi disponibilizada uma parcela de terreno, no Centro de Experimentação Agrária de Tavira (CEAT), sendo que a criação da “Horta Urbana” será operacionalizada no âmbito do projeto Semente da Associação In Loco, o qual conta com o apoio de diversas entidades parcerias, nomeadamente da autarquia tavirense. Este tem como objetivo fomentar uma alimentação adequada, assim como disseminar os princípios da Dieta Mediterrânica.

Outra das iniciativas que tem como parceiro a autarquia tavirense, é a instalação do Museu do Mundo Rural do Algarve no antigo edifício do Posto Agrário, algo idealizado desde há muito tempo e que se pretende agora cumprir,  bem como a Instalação do Centro de Ciência Viva - Quinta da Dieta Mediterrânica, em estreita colaboração com a Ciência Viva – Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica.

Outro dos parceiros deste projeto é o ABC – Algarve Biomedical Center, que se propõe criar no Polo de Inovação de Tavira, o Campus Med Life, destinado à formação num estilo de vida saudável, com atividades lúdicas associadas à componente formativa associada ao Estilo de Vida Mediterrânea, complementada com o recurso a tecnologias de realidade virtual. Este Campus disporá ainda de circuitos adequados para a prática do exercício físico ao ar livre, prevendo-se a sua utilização por várias gerações, desde a comunidade escolar até à população mais envelhecida. Associado ao Campus Med Life prevê-se ainda criado um Centro de Terapêuticas Digitais numa parceria entre o ABC e a Universidade Johns Hopkins, promovendo a manutenção da capacidade física e cognitiva da população e a reabilitação nas situações de doença.

Na cerimónia de apresentação do Polo de Inovação de Tavira foi também apresentado pela Sra Ministra da Agricultura, o Plano Nacional para a Alimentação Equilibrada e Sustentável (PNAES).

“Sob os eixos “Consumo”, “Produção”, “Dieta Mediterrânica” e “Educação e Literacia Alimentar”, a missão deste Plano passa por estimular a produção nacional; promover a adoção de sistemas de produção e distribuição mais sustentáveis, com base nas cadeias curtas de abastecimento e nos sistemas alimentares locais; valorizar os produtos endógenos de qualidade; valorizar e salvaguardar a Dieta Mediterrânica, enquanto sistema e padrão alimentar característico do território nacional, criando e promovendo estímulos à sua adesão; e sensibilizar e aconselhar os consumidores e a população em geral para a adoção de uma alimentação nutricionalmente equilibrada e informada.

Este Plano nasce no âmbito da Agenda de Inovação “Terra Futura” e responde à Promoção da Dieta Mediterrânica e de uma alimentação equilibrada, diversificada e sustentável, tendo ainda em consideração a Estratégia Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (ESANP).”

Estiveram presentes no evento o Secretário de Estado da Descentralização e da Administração Local, Jorge Botelho; a Presidente da Câmara Municipal Tavira, Ana Paula Martins; o Diretor Geral da Direção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural, Rogério Ferreira; a Bastonária da Ordem dos Nutricionistas, Alexandra Bento, o Presidente da CCDR Algarve, José Apolinário, o Presidente da Região de Turismo do Algarve, João Fernandes, o Presidente do INIAV, o Presidente da Câmara Municipal de Lagoa, a Vice-Presidente do Município de Loulé, a Diretora Regional da Cultura, Adriana Nogueira, entre outras entidades parceiras do projeto apresentado.

Terminada a cerimónia a Ministra da Agricultura visitou a exploração agrícola tavirense Agrívabe e os Viveiros Monterosa, em Moncarapacho (Olhão).